"Cada dia que amanhece assemelha-se a uma página em branco, na qual gravamos os nossos pensamentos, ações e atitudes. Na essência, cada dia é a preparação de nosso próprio amanhã."

Chico Xavier

4 de nov. de 2012

"As coisas mais importantes são as mais difíceis de expressar. São coisas das quais você se envergonha, pois as palavras as diminuem-as palavras reduzem as coisas que pareciam ilimitáveis quando estavam dentro de você à mera dimensão normal quando são reveladas. Mas é mais que isso, não? As coisas mais importantes estão muito perto de onde seu segredo está enterrado, como pontos de referência para um tesouro que seus inimigos adorariam roubar. E você pode fazer revelações que lhe são muito difíceis e as pessoas o olharem de maneira esquisita, sem entender nada do que você disse nem por que eram tão importantes que você quase chorou quando estava falando. Isso é pior, eu acho. Quando o segredo fica trancado lá dentro não por falta de um narrador, mas de alguém que compreenda."

9 de mai. de 2012

O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido.

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

26 de fev. de 2012

Eis a questão


Essas coisas me fazem pensar na beleza e na responsabilidade que essa diferença nos traz. Ela nos coloca diante da vida como um acontecimento que merece ser sorvido com toda a intensidade do nosso coração. Agir é um desdobramento do meu ser. Eu sou, antes de fazer qualquer coisa. Há em mim uma realidade que me faz significar, mesmo que um dia eu fique totalmente incapacitado de realizar qualquer ação. Eu sou, mesmo na incapacidade dos movimentos e na impossibilidade dos gestos. 
Nem sempre podemos compreender tudo isso, por mais simples que seja. Vivemos na era da utilidade, onde tudo tem que estar conectado a uma função prática, onde o fazer prevalece sobre o ser. O que você faz na vida? Esta é a pergunta. 
O que você é na vida? Continua sendo a pergunta. Mas a primeira é mais fácil responder. Dizer o que se faz não dá tanto trabalho quanto dizer o que se é. O que se faz é simples de se dizer e as palavras nos ajudam, mas dizer o que se é, não é tão simples assim, e por vezes, as palavras nem sempre nos socorrem. 
Sou muito mais do que posso dizer sobre mim mesmo. Você também. Por isso não gostaria que nossa conversa terminasse com uma pergunta pragmática, dessas que se escutam em todas as esquinas que costumamos freqüentar. 
Opto por uma pergunta que não espera por resposta imediata, tão pouco pelo desconcerto da fala. Só lhe peço que honestamente debruce-se sobre ela: Quem é você?

O significado que sou

No silêncio do coração, há um lugar que não sabe fazer nada. É lá que nos descobrimos em nosso primeiro significado. É ele também o nosso lado mais sedutor. É ele que faz com que as pessoas se apaixonem por nós. É justamente por isso que ele tem que ser bem descoberto, de maneira que, quando façamos o que quer que seja, tudo o que fizermos tenha as marcas do que somos. É simples. Medicina muita gente faz, mas é no exercício da profissão que cada pessoa se mostra em sua intimidade mais profunda. Aí mora a diferença. Muitos Fazem a mesma faculdade, mas se encontram de maneira diferente com o conhecimento que recebem. Realizo tudo a partir de minha particularidade. Sou único, ainda que imitado por muitos. 

10 de jul. de 2011

27 de jun. de 2011

Esqueço apenas do que já não faz sentido, das pessoas que já não têm importância, de tudo que já não quero perto de mim.



Boba, bobinha, boboca, bobona. O problema de ser tranqüila e sempre relevar é que chega um determinado momento em que não posso mais ignorar ou tentar me enganar e me sinto exatamente assim.

Há algum tempo percebi que para alcançarmos nossos objetivos precisamos ter fé e paciência. Só que esqueci que para tudo existe uma medida. Não devemos ser apressados, mas também não podemos esperar para sempre. Tudo de mais ou de menos se torna prejudicial.

Mas eu espero, eu me iludo, eu sofro, eu me decepciono. E, mesmo com tudo, mesmo depois de passar por tantas coisas, eu ainda acredito. Eu confio no quanto as pessoas podem ser melhores, desde queiram, é claro.

Já me aprontaram cada uma, e eu também devo ter feito umas poucas e boas por aí, não sou nenhuma santa. De algumas me arrependi, de outras não, como disse estou longe de ir para um altar. Mas hoje em dia estou em paz, me absolvi da maior parte dessas culpas e já perdoei e esqueci de algumas das tantas vezes em que pisaram a bola comigo.

Só que esqueço apenas do que já não faz sentido, das pessoas que já não têm importância, de tudo que já não quero perto de mim. Fatores e fatos que além de perdoar, agradeço de coração por ter deixado para trás, coisas que percebo que aconteceram para o meu bem. Mas há dores que carrego sempre comigo, feridas latentes, daquelas que é só tirar a casquinha para virem à tona. Bastam algumas palavras ou imagens, alguns lugares ou papos, para que eu volte a sentí-las como se nunca tivesse as deixado de lado.

Nessas horas eu me pergunto se eu precisava mesmo passar pelo que passei... Aceitar, perdoar, relevar. Porque eu posso até me fingir de bobinha, mas eu não sou. Eu vejo tudo, eu sinto tudo, eu sempre sei.

21 de jun. de 2011

De Repente 21!

Não me arrependo de nenhum erro cometido, pois se não fossem eles jamais teria aprendido o que é errar.

22 de mai. de 2011

Para a minha futura eu...




Olá futura eu. 
E então, como estamos?!
 Será que a gente tomou as decisões certas?
 Será que não cansamos de perseguir nossos sonhos?
 A gente ainda se emociona com as mesmas coisas? 
Ainda gosta das mesmas coisas?
 Me pergunto se a gente ainda comete os mesmos erros. 
Ficamos ricas? 
Encontramos a cura pro tédio? 
Aprendemos a perdoar? 
Será que a gente tem coisas interessantes para dizer? 
A gente continua recebendo elogios?
 Será que chegamos lá? E se chegamos, o lá continua lá?
Mas, o mais importante…
 estamos felizes?
 Se eu nos conheço bem, devemos estar.
 Onde quer que você chegue, chegue linda.A vida é bonita, mas, pode ser linda.




21 de mai. de 2011

[Desas]sossego


“Até que progredi bastante, mas o futuro inquieta. Reconheço que parte da graça da vida está em deliciar-se com o imponderável, com a nossa pequenez diante da vontade de Deus, do destino (que podemos, sim, mudar…) ou de vetores incontroláveis. O amor, por exemplo, que é volátil e fugidio, traz um tanto de desassossego, mas, quando pousa no ombro, traz uma súbita alegria.”

[Trecho do livro ‘A maratona da vida’, de William Douglas, pág. 15]


13 de abr. de 2011

Ser Feliz É Reconhecer Que Vale A Pena Viver...





Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

12 de abr. de 2011

As Incertezas Nos Fazem Buscar o Melhor de Nós..


Quando alguém encontra seu caminho precisa ter coragem suficiente para dar passos errados. As decepções, as derrotas, o desânimo são ferramentas que Deus utiliza para mostrar a estrada.

28 de mar. de 2011

Viva todos os dias de sua vida...


Quant' e bella giovinezza, che ci fugge tuttavia! Chi vuole ser lieto, sia: di doman non c's certezza!







...de fato, ninguém pode saber o que nos espera no dia de amanhã.

3 de mar. de 2011

O impossível carinho






Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
- Eu soubesse repor -
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!

26 de fev. de 2011

Eu já tenho a mim.







Eu não quero que você seja eu.

Eu já tenho a mim.

O que quero é que você chegue com
seu poder de chegar e de me
devolver pra mim.

Que você chegue com seu dom de também
me fazer chegar perto de mim.

Para me fazer ver o que sou
e que só você viu.

Para eu ser capaz de amar também
o que só você amou.

Eu não quero que você seja
igual a mim.

Eu já tenho a mim.
Não quero construir uma casa de espelhos
que multiplique minha imagem
por todos os cantos.

Quero apenas que você me reflita
melhor do que julgo ser.

6 de fev. de 2011

Saber viver

"Hoje eu queria andar lá em cima nas nuvens, com as nuvens, pelas nuvens, para as nuvens…"



Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar"

4 de fev. de 2011

Metade



Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Por que metade de mim é o que penso
Mas a outra metede é um vulcão
Que o medo da solidão se afaste
E que o convivio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

29 de jan. de 2011

Medo de se apaixonar.


Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.

27 de jan. de 2011

...


Entro por sua porta
Mesmo sem ter o convite
Subo suas escadas
Tento lhe falar
Mas você nem me ouve
Não me responde a meus apelos
Ferida pela paixão
Você se joga ao vento
Voando em asas que você própria criou
Eu sussurro
Eu grito seu nome
E você me vira as costas
Eu choro, eu imploro
Mas você já nem escuta o som

Aquele som que você tinha no coração
Eu colho das flores
Aquelas que você cuidou
E te entrego minha plantação
Enraizada na próxima vindima
Nas uvas do amor
Me transformo em abelha
E sugo sua flor
E fica assim amor feito mel
Em seu doce beijo meu doce paladar
Será que agora
Você pode
Você tem
Tempo para me escutar?
Eu estou aqui





Em meio as minhas conversas,
lindas palavras escritas pelo  meu 
amigo e poeta: Filipe Assunção.

20 de jan. de 2011

A vida é muito para ser insignificante.



Ser CriançaSer criançaNão é somente ter pouca idadeE sim esquecer a idade físicaA nossa verdadeira idade está na menteÉ o que se sente.Ser criançaÉ perseguir a felicidadeSem se importar com a idade.É esquecer um pouco das responsabilidadesSem contudo ser irresponsável.É viver intensamente o presenteNão viver condicionado ao futuroNem ruminando o passadoÉ amar intensamenteE viver essa paixão sem precedentesÉ sempre sorrirSempre estar aberto para o novoSer criançaÉ nascer de novo a cada dia... Sandra Mamede




É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas 

boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não 

precisam de motivos nem os desejos de razão. 


importante é aproveitar o momento e aprender sua 

duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver.













Título: Charles Chaplin  

16 de jan. de 2011

Epigrama nº. 2 - Felicidade passageira.





 És precária e veloz, Felicidade.

Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo,
e, para te medir, se inventaram as horas.



Felicidade, és coisa estranha e dolorosa:
Fizeste para sempre a vida ficar triste:
Porque um dia se vê que as horas todas passam,
e um tempo despovoado e profundo, persiste.

14 de jan. de 2011

Saudade é a memória do coração...


Eu tenho saudades de tudo que marcou a minha vida, Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades... Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei... Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter se Deus quiser... Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro... Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser... Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei de quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer. Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi como devia; daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre; de coisas que tive e de outras que não tive, mas quis muito ter; de coisas que nem sei que existiram. Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências... Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar, dos CDs que ouvi e que me fizeram sonhar, das coisas que vivi e das que deixei passarem, sem curtir na totalidade... Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que não sei onde, para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi... Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês, mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota... Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria, espontaneamente, quando estamos desesperados, para contar dinheiro, fazer amor e declarar sentimentos fortes, seja lá em que lugar do mundo estejamos. Eu acredito que um simples "I miss you", ou seja, lá como possamos traduzir saudade, em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha. Talvez não exprima, corretamente, a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas. E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos... Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis, de que amamos muito que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência.

Anônimo.

Epigrama nº.1 - O mundo fica mais belo...




Pousa sobre esses espetáculos infatigáveis
uma sonora ou silenciosa canção:
flor do espírito, desinteressada e efêmera.


Por ela, os homens te conhecerão:
por ela, os tempos versáteis saberão
que o mundo ficou mais belo, ainda que inutilmente,
quando por ele andou teu coração.

13 de jan. de 2011

L-e-v-e-m-e-n-t-e















“Não, não ofereço perigo algum: sou quieta como folha de outono esquecida entre as páginas de um livro, definida e clara como o jarro com a bacia de ágata no canto do quarto – se tomada com cuidado, verto água límpida sobre as mãos para que se possa refrescar o rosto, mas se tocada por dedos bruscos num segundo me estilhaço em cacos, me esfarelo em poeira dourada. Tenho pensado se não guardarei indisfarçáveis remendos das muitas quedas, dos muitos toques, embora sempre os tenha evitado aprendi que minhas delicadezas nem sempre são suficientes para despertar a suavidade alheia, e mesmo assim insisto – meus gestos e palavras são magrinhos como eu, e tão morenos que, esboçados à sombra, mal se destacam do escuro, quase imperceptível me movo, meus passos são inaudíveis feito pisasse sempre sobre tapetes, impressentida, mãos tão leves que uma carícia minha, se porventura a fizesse, seria mais branda que a brisa da tardezinha.”

[Trecho do livro 'Morangos mofados', Caio Fernando Abreu.]

7 de jan. de 2011

"Andei fugindo, mas estou aqui..."

Me dá a mão

Me leva embora
Passou da hora, já bebi demais
Ninguém mais me considera
Só velhos, bêbados e animais
Gastei tantas palavras por gastar
Agora as pobres tentam se salvar
Me pega e leva
Porque eu te amo
Andei fugindo mas estou aqui
Escutando baladas bregas
Deixar de te amar não é pra mim
Não se deixa de amar assim
Seja como for
Mas seja sempre o meu amor perpétuo
Onde estiver esteja
Onde está
Meu peito aberto
Me pega e leva
Porque eu te amo
Andei fugindo mas estou aqui
Derretido, sentimental
Porque deixar de amar não é normal
Não se desama dando um mero tchau
Seja como for
Mas seja sempre o meu amor perpétuo
Onde estiver esteja
Onde está
Meu peito aberto

Peito aberto – Kid Abelha





3 de jan. de 2011

Listinha de ano novo

Ás vezes vejo minha vida inteira passando em quadros nos meus olhos.
... e tanta coisa aconteceu; foi um ano bem remoto. De fato, nem sempre as coisas acontecem do jeito que planejamos. Mas esse ano que se passou como todos me serviram demasiadamente como aprendizado.
   
Tenho que tomar mais banhos de chuva, e ler mais livros que me deixam feliz. Tenho que aprender a jogar futebol, e aprender a pensar antes de falar, ser menos impulsiva e intolerante. Tenho que aparentar para o mundo que sou normal e... conservar minha essência verdadeira. Tenho que parar de tropeçar, e ser mais tolerante com meus pais e irmãos. Tenho que aprender alguma coisa sobre freud e tentar me entender. Tenho que sair do orkut/msn e entregar meus livros na biblioteca na data prevista. Tenho que observar mais as coisas, tenho a impressão as vezes de que tudo me passa despercebido, ou não dou atenção o suficiente como deveria. Tenho que ser menos pontual em meus compromissos. Tenho que refletir com mais frequencia sobre meus atos e não esperar até o fim do ano para fazê-lo. Tenho que conservar a minha barreira intransponível mas de forma que eu não continue penetrada no meu mundo só.  Tenho que ser menos doce com as pessoas , tenho que fazer minha monografia. 

Tenho que me desapaixonar.

Tenho que respeitar meu tempo e meu jeito de ser. Tenho que deixar de chorar tanto. Tenho que aprender a dizer NÃO. Tenho que me divertir o máximo que consegui, tenho que ouvir muita música alta e cantar e dançar bastante também. Tenho que viver a vontade de Deus, tenho que ler mais poesia. Tenho que sentar  e olhar as estrelas. Tenho que postar bastante em meu blog. tenho que fazer novos amigos e preservar os velhos. Tenho que lutar pelo que considero justo. Tenho que me importar menos com uma pessoa. Tenho que me importar com quem realmente me ama. Tenho que dar tempo ao tempo.Tenho que realizar pelo menos metade das coisas desta lista dentre outras que eu possa ter esquecido de mencionar. Tenho que prosseguir caminhado mesmo que o caminho seja estranho.










25 de dez. de 2010

Ia soledad


“…Quizá si tú piensas en mi,
Si a nadie tú quieres hablar,
Si tú te escondes como yo,
Si huyes de todo y si te vas,
Pronto a la cama sin cenar,
Si aprietas fuérte contra tí
La almohada y te echas a llorar,
Si tú no sabes cuanto mal
Te hará la soledad…
(…)
Es imposible dividir así
La vida de los dos,
Por eso espérame, cariño mio,
Conserva la ilusión…
(…)
Por eso, espérame porque
Esto no puede suceder ,
Es imposible separar así
La historia de los dos,

La soledad…



…Quem sabe você pensa em mim,
Se com ninguém quer falar,
E se você se esconde como eu,
Se foge de tudo e vai
Dormir sem jantar,
Se aperta forte a almofada contra si
E começa a chorar,
Se você não sabe quanto mal
Te fará a solidão…
(…)
É impossível dividir assim
A vida de nós dois,
Por isso, espera-me, amor meu,
Conserva a ilusão…
(…)
Por isso, espera-me porque
Isto não pode acontecer,
É impossível separar assim
A história de nós dois,
A solidão…”
[La soledad – Laura Pausini]