"Cada dia que amanhece assemelha-se a uma página em branco, na qual gravamos os nossos pensamentos, ações e atitudes. Na essência, cada dia é a preparação de nosso próprio amanhã."

Chico Xavier

9 de out. de 2010

Salto no escuro.

Folhas caem sem sentido.
(Assim como eu, a cair em um ombro qualquer, implorando carinho.)
Talvez as coisas da vida sejam assim mesmo, sem sentido. Mas em determinadas ocasiões, eu insisto em tentar encontrar um propósito convincente para algumas pessoas aparecerem em certos momentos das nossas vidas…
Ele pergunta o que eu sinto, mas eu não sei dizer.
Só sei sentir.
E é algo estranho como um torpor do cansaço após uma longa viagem… Ou como o frio na barriga que dá quando a roda gigante sobe (e você se arrepende do dia que inventou de entrar naquele troço). Ou ainda, como o último olhar antes da porta do elevador se fechar. (Ainda nos veremos, meu bem? Eu não sei, não sei…).
Folhas caem simplesmente porque chegou a hora.
(Perderam já seu verde?)
E a minha hora? Já chegou?
É por acaso isto, o início da queda de um precipício?
Está tarde, e eu quero dormir.
Ou ainda é cedo e o Sol está apenas surgindo no horizonte?
Será que estou eu, apenas de passagem?
Será que suporto viver essa viagem?
O tempo não passa, não passa.
Será que eu já passei?
O que é verdade nessa mentira?
E o meu reflexo, onde se perdeu?
Tantas perguntas, nenhuma resposta e uma enorme confusão na minha cabeça.
Eu preciso apenas ser gente grande para poder fazer minhas próprias escolhas e assumir meus erros de forma que eles não machuquem tanto.
Mas, cadê a luz?
“…O vento faz eu lembrar você
As folhas caem mortas como eu…”
(A lua e eu – Cassiano/ Paulinho Motoka)

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